A prefeitura de Volta Redonda deverá emitir, na semana que vem, um decreto para regulamentar o retorno das aulas presenciais nas escolas particulares da cidade, a partir do próximo dia 3 de fevereiro. O decreto vai estabelecer normas de segurança rígidas a serem cumpridas. A volta das aulas presenciais nas escolas públicas do município, porém, ainda não está definida, porque envolve um número muito maior de estudantes – quase 40 mil. A data de 3 de fevereiro está prevista para o retorno na rede pública também, mas ainda de forma online.
No caso dos estabelecimentos particulares, a retomada inclui entre quatro mil e cinco mil estudantes, a maioria do ensino infantil. Mesmo assim, o decreto deverá estabelecer um retorno gradual. O assunto foi discutido na noite da quarta-feira (13) entre o prefeito Antônio Francisco Neto e o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Sul Fluminense, Cláudio Menchise. De acordo com Cláudio, as escolas estão preparadas para o retorno adotando normas de segurança. “Não é ideia de nenhuma escolar voltar com 100% dos alunos. Deverá ser feito um diagnóstico do alunado e, o que puder, ainda será feito através de aulas remotas. Também não seriam aulas presenciais todos os dias da semana”, disse ele ao portal Foco Regional na tarde desta quinta-feira (14).
Entre as normas de segurança previstas, está a aferição de temperatura dos alunos, higienização dos pés e mãos, assim como das instalações da escola, e distanciamento mínimo dentro das salas de aula e todos com máscaras.
Cláudio Menchise afirma que, em setembro, um levantamento feito pelo sindicato apontou que entre 30% e 40% dos pais apoiavam o retorno às aulas. “Hoje este percentual é o dobro, principalmente devido a fatores como a proximidade do início da vacinação”, afirmou ele em relação à imunização da população contra o novo coronavírus.
O presidente do sindicato das escolas particulares disse que a suspensão das aulas por tanto tempo – desde o dia 13 de março do ano passado –, devido à pandemia, não provocou apenas prejuízos no conteúdo programático, mas também, e principalmente, no aspecto socioemocional dos alunos, que perderam o convívio social proporcionado pelas escolas.
Claudio ainda revelou que, desde o final do ano passado, no caso de Volta Redonda, o sindicato já conta com uma decisão favorável da Justiça para o retorno gradual, com a anuência do Ministério Público (MPRJ). Ele ainda destacou que as escolas deverão “manter todos os recursos para que os professores trabalhem com segurança” e, por isso, não acredita que haverá qualquer resistência da categoria para o retorno.
Fonte: Informa Cidade